50 ANOS DE FUSO CANTER

50 ANOS DE FUSO CANTER

Ana Bela Nogueira ANA BELA NOGUEIRA

NOS 50 ANOS DA FÁBRICA DA FUSO EM PORTUGAL, É LANÇADA A 9ª GERAÇÃO FUSO CANTER

Ao comemorar os 50 anos de comercialização da Canter em Portugal, a Mitsubishi FUSO Truck Europe (MFTE), apresentou a nova versão Fuso Canter, com uma edição especial.

Estes veículos são produzidos na Mitsubishi FUSO Truck Europe, no Tramagal e exportados para mais de 30 países.

O jornalstrada foi visitar esta unidade fabril e conhecer em primeira mão a Nova geração FUSO Canter, com um pequeno test drive em estrada.

A 9ª geração FUSO — Source: Ana Bela Nogueira (Jornal Strada)

 A FUSO Canter, um dos modelos mais icónicos no universo das viaturas de trabalho e também um dos que tem uma relação mais fiel com os portugueses e com a indústria nacional, acaba de entrar na sua 9ª geração, e as primeiras unidades começam a ser disponibilizadas. Numa altura em que celebra 50 anos de presença ininterrupta em Portugal, pela primeira vez lançada no nosso país em 1972, uma história de afinidade com os portugueses, que nunca parou de crescer, a Canter traz consigo uma gama alargada e profundamente modernizada, com novidades que vão da estética às motorizações, passando pelas aptidões dinâmicas e de conforto.

Esta 9ª geração da FUSO Canter apresenta-se com uma configuração exterior e estética da cabina totalmente renovada e moderna, assumindo um estilo de design “Black Belt”.

A 9ª geração FUSO: caixa isotérmica e caixa aberta — Source: Ana Bela Nogueira (Jornal Strada)

A nível de opção de cores a unidade fabril dispõe de uma variada palete de tonalidades com mais de 100 possibilidades.

Todo o conjunto da Canter é movido por motores 3.0 litros turbodiesel (4 cilindros, common rail, injeção direta) com três níveis de potência e binário, cujo bloco é adaptado especificamente para este veiculo: 130 cv / 350 Nm, 150 cv / 400 Nm e 175 cv / 430 Nm cujas motorizações cumprem a norma de emissões Euro VI E. O depósito de AdBlue, elemento importante neste processo, passou de 12L para 16L.

A gama portuguesa da Canter é agora enriquecida com novas distâncias entre eixos e com possibilidade de escolha entre 60 versões, nomeadamente:

  • 5 pesos brutos: 3,5T; 6,0T; 6,5T; 7,49T; 8,55T;
  • 6 distâncias entre eixos: 2.500 mm; 2.800 mm; 3.400 mm; 3.850 mm; 4.300 mm; 4.750 mm;
  • 3 tipos de cabine: Standard; Comfort; Dupla;
  • 2 transmissões: Manual ou Automatizada;
  • 2 tipos de tração: 2WD ou 4WD;
O pequeno camião FUSO — Source: Ana Bela Nogueira (Jornal Strada)

O pequeno camião

Fiel às suas origens, a Canter consiste num chassis-cabina com o conceito de cabina avançada (cab-over engine), conferindo-lhe o aspeto de pequeno camião. As linhas da cabina evoluíram ao longo das suas 8 gerações com detalhes únicos e criativos, sempre invocando a robustez, a durabilidade e manobrabilidade – qualidades muito apreciadas pelos seus clientes e que a FUSO fez questão que continuassem a ser transmitidas no desenho da nova geração, mas aproveitando para fortalecer a identidade visual.

Para a FUSO, o design ganha mais sentido quando consegue conjugar forma e função de forma serena e harmoniosa. Nesse sentido, a marca iniciou em 2017 um caminho estético que respeita as raízes japonesas da marca e as reinterpreta segundo a visão conceptual dos veículos do mundo Daimler, grupo que a Mitsubishi FUSO Truck & Bus Corporation integra. Deste caminho resultou a linguagem de design “Black Belt”.

Giancarlo Terrassan (JStrada) num test drive — Source: Ana Bela Nogueira (Jornal Strada)

Esta filosofia é concentrada na dianteira, onde a elegante peça a negro, que percorre toda a largura dos veículos, exibe orgulhosamente o nome da marca – o “cinturão negro” – e que tem vindo a uniformizar a “face” dos modelos FUSO no mundo.

Este desenho chega agora à nova Canter, conferindo-lhe um aspeto fresco e moderno, sem deixar de transmitir solidez, qualidade e sofisticação. A nova dianteira, onde surge o logo dos 3 diamantes, é dominada pelo Black Belt com as letras FUSO, que se sobrepõe aos novos grupos óticos, mais expressivos, que recorrem pela primeira vez a luzes diurnas em LED, e entre os quais surge uma grelha com padrão hexagonal. O carácter mais tecnológico deste veículo pode ser enfatizado com o exclusivo sistema de iluminação Full-LED, opcional.

O interior da cabina da nova FUSO Canter — Source: Giancarlo Terrassan (Jornal Strada)

Os pára-choques, que revelam maior inspiração no desenho, mantêm o seu aspeto tripartido, com os extremos em plástico negro a envolverem os faróis de nevoeiro. Esta decisão mostra, de resto, o carácter prático da Canter, já que se trata de peças mais simples em caso de reparação. Na lateral, as portas com linhas vincadas incorporam agora os indicadores de mudança de direção e o lettering Canter.

Assim, a um veículo que tem como objetivo ser racional e prático, a FUSO conseguiu acrescentar um toque emocional sem deixar de ser imediatamente reconhecido como “a” Canter.

Ao volante da nova FUSO Canter — Source: Giancarlo Terrassan (Jornal Strada)

A largura da cabine da Canter acomoda três pessoas, sendo possível optar pela cabine standard, com 1,7 m de largura – muito útil para circular em ruas estreitas – ou cabine larga com 1,995 m para mais espaço interior e de caixa, a qual, na versão de Cabine Dupla, consegue acomodar até 7 passageiros.

Sentado ao volante da Canter, o condutor usufrui de dois dos grandes trunfos do conceito tradicional de cabina avançada: a visibilidade e a manobrabilidade. A visibilidade periférica e dos limites frontais do veículo são especialmente elevadas, graças à combinação do amplo vidro dianteiro com pilares A estreitos e janelas laterais de grandes dimensões, reduzindo ao mínimo o ângulo morto e aumentando a segurança durante a condução.

A nova FUSO Canter: versão caixa isotérmica — Source: Giancarlo Terrassan (Jornal Strada)

Estas duas importantes vantagens materializam-se num veículo muito compacto e ágil, capaz de transformar qualquer manobra, mesmo das mais difíceis, numa “brincadeira de crianças”, justificando o porquê da Canter se manter fiel a este conceito há mais de 50 anos.

A nível de equipamento de série, destacam-se itens como o ISS (Sistema Start-stop), ESP, ABS com EBD, fecho centralizado com comando à distância, faróis de nevoeiro, computador de bordo, banco do condutor com suspensão, rádio CD/mp3 com Bluetooth, aos quais se junta nesta nova geração o sensor de luz. Nas versões pesadas encontramos ainda o sistema de travagem automática (AEBS) e o avisador de desvio de faixa (LDW).

A nova FUSO Canter: versão caixa isotérmica — Source: Giancarlo Terrassan (Jornal Strada)

A nova Canter assenta num chassis de longarinas concebido e tratado para ser robusto e durável, capaz de suportar as condições mais difíceis. Disponível em 6 distâncias entre eixos, é capaz de suportar pesos brutos desde os 3.500 kg até aos 8.550 kg.

A versão Canter de 8,55 toneladas de peso bruto, no segmento entre 8,0 t e as 9,0 t, permite uma excelente combinação entre economia e elevada capacidade de carga, que pode alcançar as 6 toneladas.

O interior da cabina da nova FUSO Canter — Source: Giancarlo Terrassan (Jornal Strada)

O desenho das longarinas segue a filosofia “built for purpose” para o que contribui a furação adaptável. É possível instalar carroçarias desde compactos 3,25 m até 7,22 m de comprimento, tornando a nova Canter num veículo apto para um mundo de possibilidades e aplicações.

Nesta nova geração, uma das novidades reside na introdução da nova variante de cabina estreita de 3.500 kg de peso bruto e distância entre eixos de 3.400 mm (até agora o máximo era de 2.800 mm), alargando o espectro de utilização dentro do segmento dos 3.500 kg com uma dose extra de volume e agilidade conferida pela largura da cabine reduzida.

A nova FUSO Canter: versão cabina dupla — Source: Giancarlo Terrassan (Jornal Strada)

A potência é transmitida às rodas traseiras por uma caixa manual de 5 velocidades ou pela caixa DUONIC. Esta transmissão exclusiva no segmento, baseia-se numa caixa manual de 6 velocidades com dois discos de embraiagem húmidos hidráulicos e um sistema de controlo eletrónico, tornando a passagem de caixa mais rápida, suave e sem interrupção do fluxo de potência.

Ao combinar a conveniência de uma caixa automática, especialmente no trânsito urbano, com a eficiência de uma caixa manual, esta solução conta com um modo ECO, especialmente útil para reduzir o consumo de combustível, e também com um modo manual para situações em que seja necessária a intervenção do condutor (ex. manter a relação pretendida em subidas íngremes).

O interior da cabina dupla — Source: Giancarlo Terrassan (Jornal Strada)

Como incremento às possibilidades de transmissão, uma das versões exclusivas da gama Canter consiste na versão 4WD. Com um peso bruto de 6,5t e cabinas simples ou dupla, a Canter 4WD apronta-se para trabalhos em zonas of-road, como por exemplo estaleiros de construção, manutenção de postes de alta tensão e serviços de bombeiros.

Uma história com 90 anos

Uma longa história com 90 anos, com nome FUSO desde o primeiro Autocarro pesado Mitsubishi, o B46, construído nas instalações da Mitsubishi Heavy Industries e entregue ao ministério japonês dos caminhos de ferro.

Desde então, o nome FUSO é parte integrante da história da Mitsubishi, tendo sobrevivido a todos os movimentos de mudança corporativa. A sua reputação é tão forte em todo o mundo que o nome foi mantido em 2004, quando a Mitsubishi FUSO Truck & Bus Corporation passou a pertencer, enquanto marca independente, à Divisão Daimler Trucks, do universo Daimler AG.

Os bancos da frente da cabina dupla — Source: Giancarlo Terrassan (Jornal Strada)

Com sede em Kawasaki, no Japão, a FUSO é uma marca com presença a nível mundial em mercados como a Austrália, Ásia, Médio Oriente, África e América Latina, com um vasto portfólio de veículos, onde se engloba o chassis-cabina Canter.

Em Portugal, onde é uma referência há 50 anos, a Canter é uma presença assídua nas estradas de todo o país, em setores de atividade fundamentais para a sociedade como os municípios, reboques, transportes e construção, entre muitos outros. Alavancada pelo impacto positivo na indústria nacional, diariamente produzida com os mais altos padrões de qualidade por 400 portugueses no Tramagal, a nova geração começará agora a juntar-se a estes milhares de unidades que circulam nas estradas portuguesas e que todos os dias contribuem fortemente para a economia do País.

Author: Ana Bela Nogueira (Jornal Strada)

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